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Estou farta.
Estou completamente farta de explosões emocionais, estou farta que me desafie, e do “não me podes obrigar”, e de portas a bater.
Há alturas que só me apetece arrastá-lo pela t-shirt e obriga-lo a apanhar os sapatos do chão e acabar com estas atitudes de vez.
A última coisa que me apetece fazer é abraça-lo, mas faço-o na mesma.
Abro a porta (depois de me bater com ela na cara) e pergunto-lhe: ”Queres um abraço?”
Inicialmente ele resistia mas hoje em dia não. Hoje em dia derrete-se nos meu braços e chora como um bebé oprimido e inseguro.
Hoje, apesar de ser a ultima coisa que me apetecia fazer, apesar de ele ter tido uma péssima atitude comigo, o que ele precisava era mesmo de um abraço. Era o que precisávamos os dois.
Porquê?
Porque devemos abraçar os nossos filhos quando agem mal?
Passo a explicar:
Porque os nossos filhos aprendem mais com amor do que com castigos. Um abraço e uma conversa sobre o que se está a passar resultam melhor do que gritar e castigar.
Porque, às vezes, quando os nossos filhos “se passam”, a sua reação é um grito de ajuda. Talvez não saibam exprimir os seus sentimentos de uma forma mais apropriada, ou talvez haja mais qualquer coisa que os incomode, os stresse ou que os esteja a frustrar e, um abraço pode abrir uma janela à conversa sobre o que realmente se passa, para que possamos lidar e ajudá-los a lidar com a situação.
Porque, às vezes quando os nossos filhos se sentem mal consigo próprios, sentem que não merecem carinho e o nosso respeito e agem de forma a não serem tratados com carinho e respeito. E se reagimos negativamente e com “raiva” estamos a validar os sentimentos deles, e começa um ciclo vicioso. Quebre o ciclo e abrace-o. Lembre-lhes que cometer um erro não os torna numa má pessoa.
Porque uma das melhoras formas de fazer com que os nossos filhos cooperem, é criando laços. Com uma relação forte pais e filhos, as crianças têm tendência a agir de forma correta a maior parte das vezes. E nas alturas em que não o fizerem, ou não o conseguirem fazer, um simples abraço é a chave para nos conectarmos emocionalmente.
Porque o amor pelos nossos filhos é incondicional. Podemos não gostar da atitude ou de um comportamento, mas continuamos a amá-los até ao último dia das nossas vidas. E as crianças precisam de saber isso, e por vezes temos de relembra-las vezes e vezes sem conta, especialmente quando estão em baixo.
Porque, às vezes, somos nós pais que precisamos de um abraço. Quando os nossos filhos estão a sofrer, ou frustrados, ou a atacar-nos e não sabemos mais como lidar com eles, às vezes, somos nós que precisamos de nos conectar, precisamos de reforçar a confiança e de um abraço.
Por isso da próxima vez que perderem a sintonia e o seu filho se estiver a passar, abrace-o.
Eu sei que às vezes é difícil controlar os sentimentos.
Eu sei que às vezes eles vão rejeitar esse abraço, principalmente se tiver filhos na pré-adolescência e adolescência.
Mas abrace-o na mesma.
Porque, às vezes, um simples abraço é a melhor resposta a um comportamento negativo.
Fonte: http://uptokids.pt/opiniao/porque-devemos-abracar-os-nossos-filhos-quando-agem-mal/
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